DR. RELACIONAMENTO

Mostrando postagens com marcador Bullying. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bullying. Mostrar todas as postagens

ESTADOS UNIDOS - Mais um adolescente vítima do bullying cometeu suicídio nos Estados Unidos. O menino chamava-se Jamey Rodemeyer, e tinha apenas 14 anos.

Jamey mantinha um blog, onde escrevia constantemente sobre xingamentos e humilhações que sofria na escola por ser gay.

Em seu blog, no começo de setembro, Jamey fez um desabafo: Ninguém na minha escola procura prevenir suicídios, enquanto são vocês que me xingam e me fazem chorar. Em outro post, no dia seguinte, ele também falou sobre o bullyingEu sempre digo o quanto sofro bullying, mas ninguém escuta. O que eu tenho que fazer para que me escutem?


Apesar do fim trágico, Jamey Rodemeyer chegou a deixar um vídeo no "YouTube", no qual acreditava que tudo poderia melhorar. Meu conselho a vocês é o seguinte: Mantenha a cabeça erguida que você chega longe, disse o jovem.
Seus últimos posts antes de aparentemente cometer suicídio foram sobre o desejo de reencontrar sua bisavó, morta recentemente, e um agradecimento à sua diva Lady Gaga. Logo depois, foi encontrado morto do lado de fora da sua casa. A causa da morte se sucedeu apos Jamey ingerir um coquetel de drogas.
A mãe de Jamey, Tracy Rodemeyer, declarou em entrevista a mídia imprensa internacional, que espera que sua perda possa servir com uma mensagem de tolerância, a qual seu filho não teve tempo de ouvir.


O bullying contra homossexuais, especialmente nas escolas, é um assunto que vem sendo abordado pelos estudiosos com mais frequência. Uma pesquisa liderada por profissionais da Universidade da Carolina do Norte com adolescentes de até 19 anos mostrou que os suicídios nessa faixa etária são três vezes mais comuns entre homossexuais e bissexuais.
Parece fácil de entender. É um momento de descoberta da sexualidade e de afirmação da personalidade. “Eles naturalmente estão fora do grupo da maioria e se tornam vítimas de bullying com mais frequência”, diz a psicóloga americana Jennifer Williams, especialista no assunto. “Em geral já existe o dilema interno de aceitação, e depois tem o dilema da pessoa com os outros”, afirma.
A quem culpar pela morte de Jamey Rodemeyer? O estado, a escola, as crianças e os adultos que o insultaram pela rede? O suicídio de Rodemeyer, um adolescente saudável (inclusive psicologicamente), é uma morte, em tese, sem responsáveis. Mas ele tem sim autor – e mais de um, talvez milhares. Cada mensagem destrutiva deixada em seu blog e cada olhar recriminatório podem ter contribuído. É por isso que a morte desse garoto deve servir de alerta para todos nós, que ainda somos, na maioria, preconceituosos e tão pouco tolerantes.

 da Redação
Com toda a atenção da mídia sobre os jovens que sofrem bullying nas escolas e até o cyberbullying, os pais devem estar se perguntando o que podem fazer para proteger seus filhos. A pergunta, na verdade, deveria ser: o que fazer para evitar que seu filho seja um agressor – neste caso, os chamados bullies?



Uma pesquisa liderada por Rashmi Shetgiri, da Universidade do Texas, nos EUA, avaliou a prevalência de bullying relatada pelos pais que participaram de uma pesquisa realizada em 2003 e em 2007. Eles também analisaram os fatores de risco que levam uma criança a intimidar as outras.
O levantamento mostrou que quase um a cada seis jovens com idades entre 10 e 17 anos intima seus colegas frequentemente. Em 2003, aproximadamente 23% dos jovens havia intimidado alguém. Em 2007 este número subiu para 35%.
Fatores de risco que aumentam a probabilidade de uma criança intimidar os outros se mantiveram nas duas pesquisas. Por exemplo, pais que reclamam muito de seus filhos ou que ficam irritados frequentemente. “Além disso, crianças com problemas emocionais, comportamentais e de desenvolvimento ou aquelas cujas mães relatam problemas de saúde mental também são mais suscetíveis a serem provocadoras. De fato, aproximadamente um em cada cinco bullies, ou agressores, tem um problema emocional, de desenvolvimento ou comportamental”, explica Shetgiri.
Por outro lado, fatores de proteção também persistiram nas duas pesquisas. “Pais que conversam com seus filhos e conhecem a maioria de seus amigos têm menos chance de ter um filho que se torne um agressor. Se focarmos em intervenções para diminuir esses fatores de risco e aumentarmos os fatores de proteção, podemos caminhar em direção à diminuição do bullying”, diz a pesquisadora.
A dica para os pais é aumentar o envolvimento com seus filhos, que conheçam seus amigos e dediquem tempo para eles. “Eles também podem encontrar formas eficazes para gerenciar todos os sentimentos de raiva contra seu filho e, quando houver dúvidas, procurar um profissional para se certificar de quaisquer preocupações emocionais ou comportamentais que tenham sobre seus filhos, bem como a sua própria saúde mental”, conclui.

com informações da American Academy of Pediatrics

Alunos do ensino médio que foram vítimas de cyberbullying podem inverter os papéis e se tornar algozes desse tipo de violência.
Cyberbullying: quando as vítimas se tornam algozesEssa é uma das afirmações feitas por um estudo conduzido por Shane Gallagher, pesquisador do Instituto de Psicologia Educacional de Cambridgeshire, no Reino Unido. O estudo de Gallagher envolveu mais de 230 adolescentes e seus pais, acompanhando-os e monitorando as variações de suas percepções sobre ocyberbullying cometido por colegas de escola.
Os resultados mostraram uma correlação entre alunos que eram vítimas e aqueles que afirmavam já terem sido os algozes dessa violência, também denominados cyberbullies.
“O anonimato do cyberbullying faz que a vítima se motive e procure oportunidades de retaliar os outros alunos usando o mesmo método. Diversas pesquisas chegaram à conclusão de que as vítimas do bullying tradicional muitas vezes se tornavam os bullies, e esse tipo de comportamento parece ter sido potencializado no mundo virtual”, diz Gallagher.
Outro dado da pesquisa mostrou que o cyberbullying é mais comum entre as meninas do que entre os meninos (que parecem preferir as formas tradicionais do bullying). Além disso, é mais difícil para os pais notarem esse tipo de comportamento violento quando o ato é perpetrado via computador ou celular, por exemplo.
“Um passo importante é fazer que os adultos fiquem mais sensíveis para perceber o cyberbullying. Muitos pais não cresceram com esse tipo de tecnologia à mão e, portanto, não sabem a extensão de suas potencialidades – isso serve para as coisas boas e para as coisas ruins”, aponta o pesquisador.
E a escola precisa ser mais proativa em desenvolver metodologias para lidar com esse problema que tem características únicas, e lidar com isso paralelamente ao bullying tradicional. “Mas como isso acontece ‘fora dos limites’ da escola, há certa reticência dos profissionais de educação para enfrentar o problema. Reconhecer ocyberbullying e intervir é um esforço que precisa ser conjunto, no qual escola, família e comunidade estejam juntas para coibir essa violência”, finaliza.
-
com informações da The British Psychological Society

cyberbullying é um fenômeno que parece cada vez mais comum entre os adolescentes. Uma pesquisa feita na Universidade de Valência, na Espanha, mostrou que aproximadamente 25% dos adolescentes entrevistados indicavam ter sofrido algum tipo de violência no período de um ano anterior ao estudo.
1140184 sxc Cyberbullying: violência também pode ser perpetrada por celular “Os dados colhidos pelo nosso estudo mostrou que esse tipo de bullying ‘tecnológico’ afetou 24,6% dos adolescentes – no caso de mensagens de texto e ameaças por celular – e em torno de 29% quando falamos de internet. Na grande maioria dos casos, esse tipo de ataque durava em torno de um mês continuamente”, explica Sofia Buelga, coautora do estudo que foi publicado no periódico Psicothema e que entrevistou mais de 2 mil adolescentes com idades entre 11 e 17 anos.
De acordo com os pesquisadores, o cyberbullying pode ser um problema passageiro para a maioria dos adolescentes, mas alguns entrevistados indicaram sofrer com um ataque desse tipo de violência virtual ao menos uma vez por semana (considerado casos “moderados”) enquanto outros afirmavam serem vítimas frequentes (mais de um ataque por semana).
No caso dos ataques “moderados” e que duravam mais de três meses, o meio mais comum para a violência era por meio dos celulares. “Isso pode ser explicado pela popularidade desse tipo de tecnologia e a importância que isso tem para a vida deles. Estudos anteriores mostraram que adolescentes entre 12 e 14 anos podem ter até mais de uma linha de celular disponível”, explica Buelga.
Novatos são os principais alvos
“O cyberbullying é mais comum nos primeiros anos em uma escola. Com o tempo, isso parece diminuir”, explica a pesquisadora. O estudo indicou também que as garotas sofrem mais esse tipo de violência virtual do que os garotos, e as formas mais comuns são ofensas verbais, invasão de privacidade, rumores e fofocas e exclusão social.
“É importante explicar para esse público a importância de se estar alerta com o tipo de informação que eles disponibilizam na rede de computadores”, afirma Buelga, que lembra também que os números coletados pela pesquisa podem variar de acordo com o país. A prevalência do cyberbullying, dependendo do público pesquisado, pode variar entre 5% e 34%. Na Espanha, por exemplo, considera-se que esse tipo de violência é abaixo da média encontrada no continente europeu.
“A tecnologia está cada vez mais presente na vida das pessoas, então é importante que saibamos ensinar as pessoas a usar isso de forma responsável e positiva”, conclui Buelga.
-
com informações da Spanish Foundation for Science and Technology

Estudantes que promovem o bullying (comportamento de intimidação e violência) podem, também, ter relacionamentos conflituosos com pais e amigos, além de falta de preceitos morais.
554570 escape Bullying: um problema com vários culpados
A pesquisa – um estudo conjunto que foi conduzido por pesquisadores da Universidade de York  e da Universidade do Queens, EUA – mostrou que quase 10% dos estudantes do ensino médio havia cometido atos de bullying em alguma fase escolar. Mais de 13% admitiram que promoveram comportamentos intimidadores no ensino primário, mas afirmaram que depois haviam cessado as intimidações. Aproximadamente 35% dos entrevistados admitiram cometer o bullying, mas que consideravam os atos “leves”, e 41% responderam nunca ter presenciado o bullying em toda a adolescência.
Os pesquisadores acompanharam durante sete anos mais de 800 estudantes, cujas idades variaram dos 10 aos 18 anos. Todo ano essas crianças eram questionadas sobre o ato do bullying e comportamentos intimidadores.
“Mas não é só intimidação”, afirma Lauro Monteiro, pediatra especialista no assunto e que coordena o Observatório da Infância, um grupo que estuda a violência contra a criança. “O bullying pode ter várias facetas, incluindo violências verbais que são aceitas até pelos professores, que não se conscientizam do ato”, diz.
Professores também participam
Em uma pesquisa feita com quase 5.500 alunos, com idade média de 13 anos, realizada em 12 escolas na cidade do Rio de Janeiro, o principal ato de bullying observado foi o verbal: 54% dos estudantes se sentiam oprimidos ao se depararem com apelidos dados pelos colegas. Na maioria das vezes os professores compartilhavam dos atos de intimidação. “Parece bobagem, quando não observamos atentamente o problema, mas um aluno obeso que tinha sido apelidado de ‘lasanha’ pela classe se sentia desamparado por não poder contar com a ajuda do professor, que também o chamava assim durante a aula”, exemplifica Monteiro.
No Brasil, ao contrário dos outros países, o bullying dentro da sala de aula é muito maior que nos horários de intervalo. Além do bullying verbal (que inclui apelidos e vaias, por exemplo), 16% dos alunos entrevistados foram alvo de agressão física e quase 12% indicavam a difamação (bullying social) como problemas enfrentados na escola.
O papel da família
“Um dos fatores que contribui para esse comportamento, no caso dos agressores, é, normalmente, a falta de uma estrutura familiar”, observa Cristiano Nabuco de Abreu, integrante do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso (Amiti) do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), e que também atende casos decyberbullying. “Nesses núcleos familiares, o que falta é a demonstração da empatia, do estímulo para se colocar no papel do outro. Muitas vezes os pais também já demonstram um comportamento antissocial e estimulam esse tipo de postura nos filhos”, continua.
“Do outro lado”, observa Monteiro, referindo-se às vítimas, “há problemas de baixa autoestima, dificuldade de comunicação – mesmo entre a família –, introversão extrema, não saber se impor… Tudo isso precisa ser observado e também passa pelo ambiente familiar.”
E há ainda outros problemas associados: muitas vezes as vítimas de bullying na escola podem reproduzir esses comportamentos em outros cenários, como forma de compensação. “Isso afeta os pais – algumas vezes alheios aos problemas dos filhos – e irmãos menores (que podem se tornar vítimas)”, diz Nabuco, “e podem se refletir na internet – em jogos e redes sociais –, através do cyberbulling, onde esses indivíduos podem se refugiar e promover uma violência em um cenário em que eles tentam ter o controle das situações.” Outras vezes, esse controle não se concretiza e as crianças passam a ser alvos de violência também na internet, piorando a sensação de opressão e levando ao desenvolvimento de outros transtornos mentais, ou mesmo levando ao risco de suicídio.
“A melhor forma de combater essa situação de violência na escola – e que mais tarde pode se transferir para outras situações sociais, como no trânsito ou no local de trabalho – é promover a conscientização do problema e promover a participação de pais e professores na resolução desses transtornos de comportamento”, sugere Monteiro.
-
por Enio Rodrigo / oqueeutenho.uol.com.br
Um poema em inglês sobre bullying. Leiam com atenção e reflitam. 
É realmente muito forte!
Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully ou “valentão”) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. 

Crianças e adolescentes com dificuldades de resolver problemas e falta de traquejo social são as que mais estão em risco de se envolverem em bullying, seja como vítimas ou bullies (aqueles que cometem o ato de bullying). Mas aqueles com problemas acadêmicos são mais propensos a perpetrar a violência. É isso o que diz uma meta-análise apoiada pela Associação Americana de Psicologia (APA).

“É provavelmente a primeira vez que uma pesquisa foca tanto as características individuais quanto as ambientais e que indica a possibilidade de uma criança ou adolescente se tornarem vítimas, bullies ou ambos”, diz Clayton Cook, principal autor do estudo e pesquisador da Universidade Estadual da Louisiana. “Esses grupos compartilham diversas características, mas as respostas são diferentes. Nós esperamos que os resultados nos levem a entender melhor as condições em que o bullying acontece e as consequências que isso pode ter sobre os indivíduos. Queremos desenvolver melhores métodos de prevenção e intervenção para acabar com esse círculo vicioso antes que ele comece.”
Cook e colaboradores da Universidade da Califórnia analisaram mais de 150 estudos feitos nos últimos 30 anos. Entre os dados observados estão alguns que já se sabe: meninos são mais propensos ao bullying que as meninas. Mas também chegaram à conclusão que tanto as vítimas quanto os bullies são, normalmente, indivíduos com habilidades bastante ruins de resolução de problemas no âmbito social. O ponto principal da pesquisa, entretanto, aponta um dado bastante importante: o desempenho acadêmico desses indivíduos pode indicar se eles projetarão sua violência e frustrações em outros indivíduos, se tornando os algozes (ou bullies, no termo técnico).
“O algoz, ou bully, típico é alguém que tem problemas com os outros indivíduos e também vai mal na escola”, diz Cook. “Ele, ou ela, é alguém com atitudes negativas e estereótipos sobre as pessoas ao seu redor, tem um sentimento ruim sobre si mesmo, vem de famílias em que o conflito é constante e em que os pais são ausentes, não gosta do ambiente escolar e é facilmente influenciado pelos amigos e colegas.”
“Já as típicas vítimas são mais agressivas, não têm grande traquejo social, têm pensamentos negativos – provavelmente influenciados pelos familiares – não conseguem resolver problemas do âmbito social com muito sucesso e se sentem rejeitados ou pressionados pelos colegas de escola”, completa Cook.
E há também aqueles que se alternam nos papéis de bullies e vítimas. Além de compartilhar as características de ambos os perfis – não foram treinados para resolver problemas de interação social, são academicamente abaixo da média, isolados ou influenciados negativamente pelos colegas – também se enxergam de forma negativa.
Os estudos analisados pelos pesquisadores variavam suas amostragens de 44 a 26 mil indivíduos, abrangiam idades diversas (dos 3 aos 18 anos), com participantes americanos ou europeus. As pesquisas também cobriam uma vasta gama de detalhes, como dados pessoais, fichas médicas e impressões colhidas entre professores. Também foram colhidos dados por meio de questionários e testes de saúde mental.
Os autores do presente estudo também dizem que exteriorizar sua agressividade ou internalizar os próprios sentimentos era outro fator que podia determinar quem se tornaria algoz e quem tinha tendências a ser vítima da violência. Outros dados interessantes apontam para o fato de que os bullies mais jovens são mais agressivos enquanto aqueles mais velhos têm grande tendência à depressão e ansiedade. Os mais jovens também não ligavam tanto para a opinião dos pares – colegas e amigos – quanto os mais velhos.
A pesquisa aponta também que a maioria dos programas de intervenção foca no afastamento dos bullies dos seus ambientes tradicionais (mudando de classe ou horário na escola, por exemplo). As intervenções mais positivas, entretanto, são aquelas que além de focar os bullies também focavam na conscientização e na intervenção em programas amplos, envolvendo alunos, pais e professores.
“No caso dos pais é importante proporcionar treinamentos que possam ser adaptados ao ambiente do lar, incluindo boas práticas na criação dos filhos. Já os treinos de habilidades sociais poderiam ser propostos pelas escolas, como parte do currículo normal”, finaliza Cook.
com informações da American Psychological Association