Cyberbullying: quando as vítimas se tornam algozes

By | segunda-feira, fevereiro 07, 2011 Leave a Comment

Alunos do ensino médio que foram vítimas de cyberbullying podem inverter os papéis e se tornar algozes desse tipo de violência.
Cyberbullying: quando as vítimas se tornam algozesEssa é uma das afirmações feitas por um estudo conduzido por Shane Gallagher, pesquisador do Instituto de Psicologia Educacional de Cambridgeshire, no Reino Unido. O estudo de Gallagher envolveu mais de 230 adolescentes e seus pais, acompanhando-os e monitorando as variações de suas percepções sobre ocyberbullying cometido por colegas de escola.
Os resultados mostraram uma correlação entre alunos que eram vítimas e aqueles que afirmavam já terem sido os algozes dessa violência, também denominados cyberbullies.
“O anonimato do cyberbullying faz que a vítima se motive e procure oportunidades de retaliar os outros alunos usando o mesmo método. Diversas pesquisas chegaram à conclusão de que as vítimas do bullying tradicional muitas vezes se tornavam os bullies, e esse tipo de comportamento parece ter sido potencializado no mundo virtual”, diz Gallagher.
Outro dado da pesquisa mostrou que o cyberbullying é mais comum entre as meninas do que entre os meninos (que parecem preferir as formas tradicionais do bullying). Além disso, é mais difícil para os pais notarem esse tipo de comportamento violento quando o ato é perpetrado via computador ou celular, por exemplo.
“Um passo importante é fazer que os adultos fiquem mais sensíveis para perceber o cyberbullying. Muitos pais não cresceram com esse tipo de tecnologia à mão e, portanto, não sabem a extensão de suas potencialidades – isso serve para as coisas boas e para as coisas ruins”, aponta o pesquisador.
E a escola precisa ser mais proativa em desenvolver metodologias para lidar com esse problema que tem características únicas, e lidar com isso paralelamente ao bullying tradicional. “Mas como isso acontece ‘fora dos limites’ da escola, há certa reticência dos profissionais de educação para enfrentar o problema. Reconhecer ocyberbullying e intervir é um esforço que precisa ser conjunto, no qual escola, família e comunidade estejam juntas para coibir essa violência”, finaliza.
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com informações da The British Psychological Society

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