Internet pode modificar a maneira como os casais se formam, aponta pesquisa

By | sexta-feira, setembro 17, 2010 Leave a Comment
Adultos solteiros com acesso à internet em casa têm maiores chances de se engajarem em relacionamentos românticos, de acordo com uma pesquisa apresentada na Associação Americana de Sociologia.
“Apesar do foco da pesquisa ser os impactos sociais do uso da internet e os resultados apontarem para respostas ambíguas sobre o custo social do tempo perdido on-line, outros dados sugerem que ter acesso à rede impacta como as pessoas interagem com seus parceiros românticos”, diz Michael Rosenfeld, pesquisador da Universidade de Stanford, nos EUA, principal autor do estudo que procurou saber o papel da internet como mediador social.
De acordo com o estudo de Rosenfeld, 82% dos participantes com acesso à internet tinham algum tipo de relacionamento romântico. Entre aqueles que não acessavam a rede esse número era de aproximadamente 63%. A pesquisa usou dados de um questionário de representatividade nacional (intitulado HCMST) que entrevistou mais de 4 mil adultos (3 mil deles em algum tipo de relacionamento íntimo).
Além de indicarem que as pessoas com aceso à internet têm maior propensão a estarem envolvidas emocionalmente com alguém, Rosenfeld e Reuben Thomas (coautor do estudo) afirmam também que a internet serve como uma arena social que tem ganhado importância, por motivos ambíguos, na forma como os casais se conhecem.
“Com um aumento meteórico do uso da internet, o impacto no modo como os casais se conhecem e o declínio do núcleo fixo de amizades, é possível que nos próximos anos a internet possa ter mais peso e influência no comportamento das pessoas do que as amizades. Isso faz que os núcleos de amizade não sejam mais tão importantes nas formações de casais, modelo que tem influenciado esse tipo de comportamento desde a década de 40”, diz Rosenfeld. Antes disso, as famílias eram a principal influência na formação de pares românticos.
O estudo também aponta que a internet é especialmente importante para a formação de pares em grupos em que as opções são menores ou mais difíceis de identificar, como entre gays, lésbicas e os heterossexuais na faixa dos 45 aos 65 anos. Entre os casais entrevistados pela HCMST, aproximadamente 61% dos casais do mesmo sexo e 21% dos casais heterossexuais haviam se conhecido pela internet.
“Casais que se conhecem on-line, na grande maioria, são formados por pessoas do mesmo sexo. A internet não é somente um modo eficiente de manter uma proximidade com o círculo de amizades existente, mas um mediador social que pode remodelar os tipos de parceiros e relações que desenvolvemos”, diz Rosenfeld.
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com informações da American Sociological Association

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