Conviver com pessoas “do mesmo nível” pode gerar mais insegurança do que confiança

By | segunda-feira, julho 18, 2011 1 comment

DINHEIRO É ALGO QUE NÃO SAI DE NOSSAS CABEÇAS, AFINAL, É PRECISO SEMPRE TÊ-LO EM MÃOS PARA PAGAR CONTAS, COMPRAR ALGO OU USUFRUIR DA MAIORIA DOS SERVIÇOS QUE USAMOS. E UM ESTUDO PUBLICADO NO PERIÓDICO PSYCHOLOGICAL SCIENCE TENTA ENTENDER OS EFEITOS PSICOLÓGICOS DO DINHEIRO NO COMPORTAMENTO, SENTIMENTOS E EMOÇÕES HUMANAS.

“O conceito de dinheiro ativa dois motivadores nas pessoas: a autonomia e independência pessoal e o nível de intensidade da indiferença interpessoal. E nosso foco foi entender qual dos dois motivadores dominava as pessoas quando o conceito de dinheiro era ativado no cérebro”, diz Ja Liu, da Universidade de Groningen que desenvolveu a pesquisa com Dirk Smeesters da Escola de Negócios de Rotterdam – ambos pesquisadores holandeses – e Kathleen Vohs, da Universidade de Minnesota, nos EUA.
De acordo com os pesquisadores, o que foi observado foi o chamado “mimetismo comportamental”, ou seja, posturas, maneirismos e movimentos motores que as pessoas fazem sem estarem conscientes dos seus atos. Esse comportamento também é chamado de “imitação inconsciente” e permite que as pessoas sintam ou comuniquem uma leve ideia das emoções dos seus companheiros e também se sintam participando da vida emocional dos outros. O mimetismo comportamental está intimamente ligado aos laços afetivos e à empatia.
De acordo com Liu e sua equipe, pesquisas anteriores haviam indicado que se uma pessoa é imitada, em algum nível, por outra próxima, ambas passam a se sentirem mais confortáveis na presença uma da outra do que na presença de outras pessoas com comportamentos diferentes dos seus.
Mas os autores do atual estudo resolveram ir mais fundo nesse conceito. A hipótese inicial era de que a imitação inconsciente poderia, na verdade, afastar as pessoas, especialmente quando o mimetismo envolvia dinheiro.
Para a pesquisa foram aplicados jogos de laboratório – alguns envolvendo movimentação de somas de dinheiro – em mais de 70 estudantes universitários. Em um dos testes, um entrevistador era apresentado como sendo participante dos testes e imitava sutilmente os comportamentos não verbais (gestos, posturas e escolhas) dos outros participantes. Após os testes, os estudantes foram avaliados para seus níveis de sensação de ameaça.
“Os estudos demonstraram que o dinheiro estimulava a sensação de liberdade entre os participantes – que podiam fazer diversas escolhas em alguns testes –, mas quando outro indivíduo mimetizava seus comportamentos, a resposta era inversa: eles se sentiam ameaçados e tendiam a ficar defensivos”, diz Liu.
“Nosso estudo tenta demonstrar como os laços sociais e relações interpessoais podem gerar mal-entendidos a partir de situações relativamente simples. E quando a questão é dinheiro, as pessoas se sentem mais ameaçadas do que confortáveis na presença de pessoas similares. Uma das explicações é porque ser lembrado o tempo todo da quantia de que se tem disponível possa gerar uma sensação de insegurança e consequente desconforto”, finalizam os autores.
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com informações da Association for Psychological Science

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  1. Um dos problemas dos relacionamentos é justamente a questão do dinheiro, quer no como gastar, o que cada um prioriza no consumo, como a questão do "holerite"! Não saberia dizer, obviamente, entre lésbicas como seria, mas em relação ao homem bissexual, a mulher ter uma posição socioeconomica melhor, deixa ele como mais suscetivel, a variações da performance sexual, quer na ereção ou ejaculação! Já o homem bissexual, com homem gay mas cisgenero (meu perfil), a virilidade dele nos encanta: Ele não que busque "compensar" o salário menor com a virilidade aflorada, mas essa sintonia sexual, meio que ao encontro da maxima: renda familiar, num com conjugal complementar! Numa viagem, litoral, o cara demonstrou me desejar penetrar, mas fazendo um certo charme de que não se agradaria das minhas pernas, devido aos pelos, quando cheguei bem proximo, me alisou e, depois foi até mim, quando me afastei! Num quiosque, mais reservado, ficamos naquela posição de enamorados!

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