Abstinência sexual não é efetiva para uma vida sexual mais sadia

By | sábado, julho 02, 2011 Leave a Comment

A IDEIA DE QUE A ABSTINÊNCIA REDUZ O COMPORTAMENTO SEXUAL DE RISCO – INCLUINDO GRAVIDEZ INDESEJADA E DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS – PODE NÃO SER EXATAMENTE CORRETA, APONTA UM NOVO ESTUDO SOBRE O TEMA.
1196143 40089536 200x300 Abstinência sexual não é efetiva para uma vida sexual mais sadia, indica estudo  A pesquisa, realizada pela Universidade do Sul da Flórida e dirigida por Marina Bornovalova em conjunto com pesquisadores da Universidade do Minnesota e da Universidade do Michigan, procurou testar a hipótese da abstinência como modo de assegurar a saúde sexual em jovens adolescentes. Os resultados, publicados no periódico Psychological Science, parecem não corroborar o que alguns educadores sexuais defendem.
De acordo com Bornovalova, realmente há uma correlação entre iniciação sexual e comportamento sexual de risco (quanto mais tarde se iniciam as relações sexuais, mais tarde esses comportamentos também aparecem). Mas os comportamentos de risco ocorrem, independentemente da idade que se inicie a vida sexual.
Para chegar a essa conclusão os pesquisadores colheram dados de mais de mil pares de gêmeos entrevistados para uma pesquisa longitudinal – de longa duração e feita repetidamente ao longo do tempo – que acompanhou os indivíduos da adolescência até os 24 anos. Em diversos casos, um dos irmãos havia se iniciado sexualmente mais tarde que o outro.
“Após diversas análises, com metodologias diferentes, a conclusão foi similar. Em gêmeos, que compartilham 100% dos genes, ao comparar o início da vida sexual – com até mesmo cinco anos de diferença um do outro – observamos a mesma incidência de comportamentos sexuais de risco ao final do estudo”, diz a pesquisadora.
A combinação para esses comportamentos de risco, sugerem os pesquisadores, pode incluir uma combinação de genética, comportamentos impulsivos e antissociais, assim como fatores ambientais diversos. Então, apenas a abstinência não seria garantia de proteção para uma vida sexual mais saudável.
“Não estamos defendendo a iniciação sexual na juventude. Mas se a ideia é reduzir o comportamento sexual de risco, essa estratégia é bastante falha. Seja lá qual for o indicador ou fator determinante para comportamento sexual de risco, a abstinência não o anula”, finaliza Bornovalova.
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com informações da Association for Psychological Science
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