Saiba quais são as cinco mentiras sobre o casamento e conheça algumas estratégias que ajudarão a evitar o fim da relação
Existem muitas mentiras sobre o casamento que precisam ser desmascaradas e combatidas. Só assim você conseguirá preservar um relacionamento saudável. O casamento feliz é uma conquista diária, que exige tanto esforço quanto uma carreira profissional de sucesso. Reconhecer essa fragilidade e construir um projeto para preservá-lo é vital para não ver a sua união acabar em divórcio, uma experiência difícil e dolorosa.
Confira algumas mentiras e verdades:
1. Mentira - você só precisa de amor e tudo vai dar certo
Verdade - Só o amor não é suficiente para o sucesso do casamento
Muitas pessoas insistem em acreditar que o casamento motivado pelo amor
romântico tem o extraordinário poder de afastar os graves problemas da
vida. Não se engane: essa história de que encontramos a alma gêmea, a
pessoa que nos amará incondicionalmente até o final dos tempos, não
importa o que fizermos, é pura ilusão. Seu parceiro na aventura do
casamento não é perfeito nem adivinho, e será preciso dizer a ele o que
faz você se sentir amada e até onde vai a sua tolerância. O primeiro
passo é ter uma conversa franca consigo mesma. Por exemplo, se tem mania
de ordem ou não suporta que ele chegue atrasado, assuma esses desejos e
discuta-os abertamente. Assim você dará ao outro a oportunidade de
aceitar esses limites ou perceberá com clareza o quanto terá que lutar
para tentar mudá-los. Em geral, as pessoas evitam os assuntos capazes de
produzir atritos no relacionamento - dinheiro, sexo, educação dos
filhos - sem se dar conta de que são exatamente os que mais causam
separações. Também tendem a ignorar o que lhes parece sem importância: a
pasta de dentes destampada, a roupa suja no chão do banheiro, o jornal
embaralhado. Se evitar esses probleminhas, eles não vão desaparecer;
pelo contrário, vão minar lentamente a relação.
2. Mentira - Eu falo o tempo todo e ele não me ouve
Verdade - Uma boa comunicação requer muito mais do que uma conversa franca
Vivemos numa sociedade que nos estimula a ser francas sobre nossos
sentimentos, mas não nos ensina a falar deles sem agressividade. Se
chegamos em casa irritadas, é fácil descontar no parceiro e nos filhos
e, assim, azedar a noite. Num mundo perfeito, deveríamos ser capazes de
dizer: "Olha, tive um dia ruim e preciso de meia hora para relaxar.
Daqui a pouco volto para conversarmos melhor". Em tese, qualquer adulto é
capaz de se acalmar por pior que tenha sido o dia. Acontece que, se
alguém reage mal a nós, temos uma incrível capacidade de pagar na mesma
moeda, produzindo uma espiral de decepção e ressentimento. Quando o amor
se transforma em decepção, é natural que haja um distanciamento
emocional, e a separação pode ser só uma questão de tempo. Daí a
importância de dominar a comunicação, evitando raiva, desprezo e
sarcasmo. Procure sempre falar primeiro do que magoa você, não da sua
irritação. Peça, de boa-fé, expressando com clareza e gentileza os seus
desejos, em vez de fazer exigências. Exponha seus sentimentos sem dar à
conversa um tom de crítica; isso aproxima os casais e favorece a
intimidade duradoura.
3. Mentira - As pessoas não mudam
Verdade - A mudança é sempre possível, e pequenas mudanças produzem grandes resultados
Cedo ou tarde, na terapia da maior parte dos casais, alguém sempre
pergunta se as pessoas podem, de fato, mudar. Isso é possível, sim. A
questão é o que pode mudar e os fatores que impedem a mudança. O maior
obstáculo é a crença de que não é você que precisa de ajustes o
problema é com o outro. Para evitar essa armadilha, tenha em mente que a
mudança é uma luta em direção à maturidade e que é nossa obrigação
crescer dentro do relacionamento conjugal. Ou seja, melhorar. E quanto é
preciso mudar para tirar o casamento do impasse da estagnação? Em
geral, muito pouco. O segredo é estimular no cônjuge a menor mudança
possível que seja capaz de satisfazer você e, ao mesmo tempo, convencer
seu parceiro de que não será tão ruim assim. Essa atitude recebe o nome
de solução dos 10%. Jacobs se recorda de ter atendido uma mulher que não
trabalhava fora e se queixava de que o marido nunca ligava durante o
dia para saber dela. Com isso, não se sentia amada. Ele sugeriu a esse
marido que, por mais ocupado que estivesse, ligasse uma vez por semana; a
mulher, por seu lado, se comprometeria a ter conversas breves. Era uma
mexida tão pequena na rotina que parecia ridículo dizer "não": acataram a
sugestão. Hoje, ele liga várias vezes por semana, a mulher se sente
lembrada e a relação melhorou. Coloque na mesa de negociações as
mudanças capazes de ajudar você e seu casamento. Faça pequenos pedidos,
com calma e sem acusações. Explique as razões. Pode ser a chance de que
seu casamento precisa para prosseguir saudável.
4. Mentira - Quando você se casa, constitui a própria família
Verdade - Você leva sua família de origem para o casamento, por mais que se esforce por mantê-la afastada
Quem quer preservar uma relação amorosa por muitos anos precisa ter
consciência da influência das tradições familiares sobre sua vida.
Muitos casais acabam repetindo situações indesejáveis, seja perpetuando o
padrão, seja criando um modelo novo, porém igualmente nocivo. Uma
criança que cresce vendo os pais brigarem pode, por exemplo, imitá-los
na vida adulta. Ou evitar conflitos a todo custo, o que é igualmente
ruim. É importante saber reconhecer os padrões negativos que herdamos da
nossa família e fazer escolhas conscientes sem deixar de afirmar o
nosso amor. Busque manter um bom relacionamento com seus pais e nunca
corte os laços totalmente, ainda que a influência da família seja muito
complicada. Os laços de sangue são para sempre.
5. Mentira - O casamento igualitário é mais fácil que o casamento tradicional
Verdade - O casamento igualitário permite negociar as diferenças com mais justiça, mas quase sempre com grande dificuldade
Um novo modelo de casamento está em alta. Nele, marido e mulher querem
ter voz igual na parceria. Dividem as responsabilidades e tomam decisões
conjuntas sobre despesas e planos futuros. Quando têm filhos, em geral
se comprometem a dividir igualmente as obrigações. Na teoria, é uma
mudança bem-vinda em relação aos casamentos do passado. Na prática, a
passagem do velho para o novo paradigma está cheia de armadilhas. Muitos
homens esperam que a mulher trabalhe e contribua, mas continuam supondo
que ela cuidará da casa. Muitas mulheres negligenciam a administração
doméstica ou a educação dos filhos porque estão mais preocupadas com a
carreira. A maioria dos casais está num dilema e se culpa mutuamente
pela frustração com seus papéis. A saída para esse nó é elaborar uma
lista de tarefas que deve ser dividida de maneira justa, levando em
conta algumas questões: quem faz isso melhor? Quem adora ou detesta
fazer determinado trabalho? Vocês podem se revezar? Uma vez fixados os
deveres e responsabilidades, é preciso praticar a arte de manter-se em
silêncio, sem espezinhar, enquanto o outro faz a sua parte. E notar e
elogiar o esforço do outro. É impressionante como os casais se esquecem
disso.
com informações /claudia.abril.com.br
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