Homens: Eles também sofrem por amor.

By | segunda-feira, abril 29, 2013 Leave a Comment

Um consolo para todas as mulheres que já choraram depois de um pé na bunda, aguentaram um namorado cafajeste ou sofreram por qualquer outro motivo amoroso: não estamos mais sozinhas. A dor de cotovelo chegou com tudo aos corpos (e almas!) dos homens.



Sofrer em silêncio por um amor não correspondido, esperar pacientemente pela indecisão do outro ou querer uma relação por inteiro, mas se contentar com uma pela metade para não ficar sem nada... Essas situações, que já fizeram muita mulher devorar barras e barras de chocolate, passam a fazer cada vez mais parte do universo masculino.

Acostumados a serem os vilões das histórias de amor, causadores das desilusões, eles se transformaram em mocinhos indefesos, que choram e sofrem nas mãos de arrebatadoras de coração. Desde 2008, tomamos iniciativa em 71,7% das separações no Brasil, segundo o IBGE. Eles agora têm mais motivos do que a gente para passar a noite em frente à TV vendo comédias românticas (ou seriam lutas de MMA?), com um pote de sorvete (ou copo de cerveja) na mão e se debulhando em lágrimas. "Pela primeira vez em minha carreira, tenho mais pacientes homens do que mulheres. Os problemas são sempre os mesmos: relacionamento e falta de comunicação com as parceiras", afirma o terapeuta americano Phil Stutz, autor do livro O Método (Editora Fontanar). Os dilemas nos são bem familiares: caras abandonados sem saber como agir, outros que prometem nunca mais se apaixonar e os conformados com relacionamentos meia-boca.

Mas isso tudo não significa que viramos vilãs-torturadoras-emocionais. Não estamos mais más, apenas exigentes. Sorry, boys, vão ter de se adaptar. E, se tudo der errado, não tenham vergonha de chorar, sofrer, surtar, como Álvaro, Fábio, Thiago, Kléber e Leandro, que abriram aqui o coração e nos contam tudo.


O submisso

Álvaro, 24 anos, microempresário, de São Paulo.

"Conheci minha ex pelo Orkut. No começo ela não me dava muita bola, tive de correr atrás por uns dois meses. Após uma semana juntos, ela me avisou que estávamos namorando. Tivemos nossa primeira briga após alguns meses, porque fui assistir a um jogo de futebol no bar com uns amigos. Depois disso, ela começou a ter ataques por ciúme das minhas ex, amigas, até dos meus videogames. Quando era rodízio do meu carro, eu precisava inventar uma desculpa e sair mais cedo do trabalho, porque, se eu demorasse, tinha interrogatório. Ela também me obrigava a compartilhar a senha de todas as redes sociais e fazia uma auditoria diária no meu celular. Se ela estava a fim de ir embora de algum lugar, tínhamos de ir e pronto. Meus amigos diziam que `mulher é assim mesmo¿, mas desconfio que rolavam uns comentários... A minha família falava para eu terminar logo. Uma vez, meus colegas a ouviram gritando pelo celular quando eu estava em um chá de bebê de amigos. Eram 19 horas, a festa estava começando, e ela já estava me ligando. Até 19h30, foram dez telefonemas. Como eu a amava muito, aguentava tudo quieto. Tinha vergonha, mas não conseguia enfrentá-la. Apesar de tudo, foi ela quem decidiu terminar comigo, depois de um ano e meio morando juntos. Saímos de um barzinho e fomos para casa de um amigo, com várias pessoas. Ela chegou de mau humor e foi dormir. Quando acordou, insistiu em ir embora. Achei melhor ir e não falar nada o resto da noite para evitar confusão. No dia seguinte, ela foi embora. Liguei perguntando se não poderíamos conversar e recebi um `não'. Eu queria reatar o namoro. Apesar de tudo o que ela fez, ainda a amo demais."


O esperançoso


Fábio, 29 anos, designer de móveis e interiores, de São Paulo

"Às vezes você conhece uma pessoa pela internet e não dá muita bola. Até que, de repente, começam a conversar todo dia, a qualquer hora. Foi assim que eu me apaixonei. Já a tinha adicionado no Facebook há um ano e, do nada, começamos a nos falar. Ficamos bem amigos. E aí percebi que eu sentia algo mais por ela. Já me declarei e tenho certeza de que ela percebeu meus sentimentos mesmo antes da `confissão¿. Moramos em cidades diferentes, nunca nos encontramos e parece tolice gostar de alguém que você não `conhece¿. Mas a gente sente alguma coisa inexplicável quando encontra uma pessoa especial. Ela não se posicionou sobre o sentimento dela ainda. Mas também não negou que estava a fim. É complicado porque ela gostava de outro cara e ainda não superou... Não paramos com as mensagens. Ao mesmo tempo que tenho de me contentar em tê-la como amiga, também crio esperanças. Para me distrair, leio muito e ouço música. É difícil desabafar, porque as pessoas não acreditam em relacionamento a distância. É ruim esperar por algo que talvez nunca aconteça, mas é pior ainda desistir."


O paciente

Thiago, 26 anos, webdesigner, de Dourados (MS)

"Conheci uma mulher pela internet há um ano e meio. Ela namorava a distância um amigo meu e me adicionou no Facebook. No início deste ano, eles terminaram. Virei seu confidente e amigo. Logo notamos um interesse mútuo. O problema é que ela morava em outra cidade. Marcamos de nos conhecer. Quando nos encontramos, tentei beijá-la e ela virou o rosto. Parei com minhas investidas. A partir daí, foi uma confusão. Primeiro ela se aproximava, depois se afastava. Perguntei o que estava acontecendo e ela falou que não havia esquecido o ex. Decidi me distanciar. Desabafei escrevendo um post no Facebook, o que rendeu um comentário dela: `Odeio homem que faz mimimi¿. Então a bloqueei. Um mês depois, voltei a adicioná-la. Se ela decidisse por mim de vez, eu ainda ficaria com ela."


O amigo apaixonado

Kleber, 32 anos, designer de games, de São Paulo

"Há cerca de cinco anos, eu tinha uma amiga por quem era apaixonado. Quando eu estava criando coragem para me declarar, meu melhor amigo se apaixonou por ela e me contou. Percebi que ela também estava a fim dele, por isso abri mão dos meus sentimentos. Dei o maior apoio. Então meu amigo foi estudar no exterior. E eu passei a frequentar a casa dela . Saíamos juntos, mas em nenhum momento quebrei o `bro code¿. Até hoje eu não revelei o que eu sentia naquela época. Apesar de colocar sempre a amizade dos dois em primeiro lugar, eu me magoava muito vendo os dois juntos. Era difícil. Procurava outras garotas e outros romances. Como eu também não tinha muito sucesso na paquera, o videogame servia como consolo!"


O outro

Leandro, 29 anos, gerente de produto, de São Bernardo do Campo (SP)

"Fiquei com uma mulher em uma festa e me apaixonei na mesma hora. Saímos algumas vezes e, mesmo curtindo, resolvi me afastar, pois ela era muito possessiva e ciumenta. Um mês depois, ela voltou com o ex-namorado. Mas após uns 15 dias, mandou um SMS falando que não parava de pensar no nosso beijo. Acabamos nos encontrando e a paixão voltou à tona. Passamos o dia juntos, jantamos e transamos. E aí as coisas começaram a se complicar. Continuamos nos encontrando por três meses. Eu não gostava de ser `o outro¿. Ela sempre reclamava da falta de sexo na relação dos dois e jurava que havia tentado terminar. Mas o cara descobriu nosso caso e fez a maior chantagem: ameaçou até se matar! A situação toda me incomodava muito, porque eu queria um relacionamento por inteiro e sofria demais tendo apenas metade. Acredite, ela é a melhor mulher do mundo. Mas achei melhor não nos encontrarmos mais. Para evitar mais decepção, decidimos nos separar. Eu voltaria sem pensar duas vezes, se fosse o único homem na vida dela."

por NOVA

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