Homens dependentes economicamente de suas mulheres são mais propensos à infidelidade

By | terça-feira, agosto 24, 2010 Leave a Comment

Quanto mais dependentes financeiramente de suas parceiras, mais os homens tendem a pensar em infidelidade, diz um estudo apresentado no congresso anual da Associação Americana de Sociologia.
“Mas as mulheres economicamente dependentes parecem seguir o caminho inverso: quanto mais dependentes, menos elas são propensas a pensar em se engajar em um caso amoroso fora do relacionamento”, diz Christin Munsch, pesquisador da Universidade de Cornell, EUA, e principal autor do estudo.
De acordo com o estudo, feito com indivíduos entre 18 e 28 anos, casados e que moravam juntos com seus parceiros há mais de um ano, os homens que eram mais dependentes economicamente de suas mulheres (enfrentando um período de desemprego, por exemplo) eram até cinco vezes mais propensos a procurar casos extraconjugais do que homens que tinham os mesmos ganhos das esposas.
A relação entre dependência econômica e infidelidade diminuía quando era levado em consideração o aumento da média de idade, nível educacional mais alto, ganhos econômicos, tendências à religiosidade e satisfação com o relacionamento. “Dessas variáveis, a que mais impactava essa tendência à infidelidade era o nível de satisfação com a relação”, diz Munsch. “Homens infelizes com a relação afirmavam que traíam porque não estavam satisfeitos com o relacionamento, não necessariamente porque ganhavam menos.”
Outro dado curioso foi que homens que ganhavam muito mais que suas parceiras também tinham maior tendência à infidelidade conjugal. “Os dados relativos ao poder econômico podem influenciar negativamente a identidade de gênero dos homens, sendo que eles se vêm como o provedor da família. Mas no outro extremo, homens que ganham o dobro ou mais de dinheiro que as mulheres talvez estejam em um círculo social onde as oportunidades de infidelidade sejam maiores, como turnos mais longos, constância de viagens e mesmo ganhos que possam ser desviados para outras atividades, incluindo a infidelidade”, aponta o pesquisador.
Os dados do estudo apontam que a diferença de salários que menos traz riscos à fidelidade conjugal fica em torno de 75% do salário maior do casal. Os números colhidos por Munsch, entretanto, dizem que esse tipo de atitude não é tão comum quanto se pensa: aproximadamente 3,8% dos homens entrevistados e 1,4% das mulheres afirmaram ter traído seus parceiros nos seis meses anteriores à pesquisa.
O estudo também aponta que as mulheres dependentes economicamente de seus parceiros são até 50% menos propensas à traição. Os números se mantinham mesmo após dados sobre escolaridade, idade, religião e satisfação com o relacionamento serem introduzidos na equação.
“Mulheres que têm ganhos econômicos menores que os maridos parecem não sentirem suas identidades ameaçadas, e isso não causa alterações em seus comportamentos. Além disso, as oportunidades para a traição parecem ser menores, pois há um risco envolvido nesse tipo de atitude”, diz Munsch, que usou dados colhidos por uma pesquisa longitudinal – de ampla amostragem e feita repetidamente – realizada entre 2002 e 2007 e intituladaNational Longitudinal Survey of Youth.
com informações da American Sociological Association

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