Como manter um casamento feliz

By | sexta-feira, novembro 25, 2011 Leave a Comment

A paixão não dura para sempre, mas o amor e o companheirismo podem construir uma relação duradoura


O amor, a amizade e o companheirismo são os ingredientes para uma união feliz.

Cadê a fórmula mágica?
Um dos principais dramas envolvendo o casamento é a obrigação da relação se constituir em uma "união perfeita". Assim, o casamento seria o que nos faria viver experiências extraordinárias, como num conto de fadas. Se fosse assim, os casamentos não estariam durando cada vez menos por aí. Claro que o amor é lindo, que o casamento foi inventado para dar certo, mas é um tremendo desafio manter-se casado.

Paixão não é o essencial
Todos nós fomos acostumados a esperar pelo amor romântico, tão bem ilustrado no mito de Tristão e Isolda. Os jovens se enamoram, mas não conseguem viver o grande amor.

A história nos ensina que essa índole romântica é na verdade a sensação que qualquer pessoa pode ter, mesmo estando casada, de se dar o direito de jogar tudo para o alto e partir para viver uma grande aventura se tiver essa oportunidade. É como se houvesse alguma coisa à nossa espera nos oferecendo o significado e a empolgação que faltam (ou estão acabando) no casamento.

Gerenciando os humores
O psiquiatra Robert Johnson tenta afirma que o casamento é aquilo que podemos resumir numa única palavra: estabilidade. E é por isso que tanta gente o acha tedioso.

Seguindo esse raciocínio, a relação a dois não deve ser, então, uma felicidade absoluta ou um inferno na Terra. É o caminho do meio. Por isso, não podemos permitir que nossos humores nos possuam. Por que quando isso acontece perdemos logo a capacidade de discernimento.

Veja o que escreve Johnson: "Quando o marido acorda com o 'pé esquerdo', a mulher pode-se perguntar o que foi que ela fez. E vai perguntar ao marido e ele, de mau humor, acaba achando que ela tem alguma culpa pelo que ele está sentido. A situação se agrava e surge um desentendimento".

A verdadeira graça
Mas existe amor verdadeiro? Quais os sintomas? Já vimos que a paixão não é fundamental. Na verdade, livrar-se das projeções criadas pela paixão é um grande favor que fazemos a nós mesmos. Livres disso, descobrimos o ser humano que existe no outro. Ora, é aí que está a graça!

Porque, ao enxergar isso, temos a oportunidade de construir uma relação nova. Só o amor conduz a esse processo. E, no casamento, o amor deve ser compreendido como afeto e compromisso. Até amizade. Por sinal, em um dos ritos hindus do casamento, o noivo e a noiva juram solenemente: "Você será meu melhor amigo".

Descobrir prazer nas coisas que se repetem todos os dias é um dos mandamentos para um casamento feliz.

No fim, a grande surpresa
A obra de Robert Johnson disseca o casamento usando uma ferramenta confiável: os mitos. E ali encontramos várias confirmações sobre o quanto são inseparáveis a amizade e o compromisso. Tudo indica ser essa união a essência do amor verdadeiro.

E, quando ela existe no casamento, o marido ou a mulher estão sempre encorajando um ao outro. Mesmo que um descubra os defeitos do outro - o que é certo acontecer -, não caem na tentação de criticar-se, optando por segurar as pontas.

"Amar é saber falar e calar", diz a psicóloga Maria Angélica Sampaio, 49 anos, casada há 21 anos com o engenheiro Antônio Sampaio, 48 anos.

É preciso mesmo ter paciência, confiança e compreensão. Nesse ambiente, a vida a dois pode nos conferir ao menos uma grande surpresa: descobrir que não é nem tanto amor o que precisamos, nem nos sentirmos amados, mas sim ter coragem e determinação para amar. E sempre que possível, claro, não deixar a toalha molhada em cima da cama ou a roupa jogada no chão.

Os sete mandamentos da união estável

1. Falar e calar nas horas certas. Mais ainda, saber não perguntar quando já sabe a resposta.
2. Conhecer tão bem os defeitos e as qualidades do outro que é até capaz de esquecê-los quando é preciso.
3. Saber andar lado a lado, mesmo quando seu destino é diferente do destino do outro.
4. Ser capaz de dividir os sonhos de forma que eles deixem de ser "meus" e passem a ser "nossos".
5. Perder a noção dos dias da semana e das horas no relógio, mesmo que apenas por alguns instantes, quando estão juntos.
6. Surpreender o companheiro com presentes e mimos, sem data marcada nem hora certa.
7. Descobrir prazer nas coisas que se repetem todos os dias e temperar o relacionamento com humor.

com informações VidaSimples

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