- Os estudos feitos mostraram que ser educado ou maleducado não é algo que depende apenas das crianças ou do modo como são criadas pelos pais;
'As Escolas tem um papel muito importante e fundamental nesse desenvolvimento todo!' diz a especialista e condutora da pesquisa Maggie MacLure.
Ser considerado “bonzinho” não é fácil e crianças que têm uma má reputação entre pais, professores e colegas de
classe – durante os primeiros anos escolares – têm grande dificuldade de serem reconhecidas quando optam pelas boas maneiras. E é justamente nessa idade que as crianças começam a desenvolver suas habilidades interpretativas para decodificar e negociar seu comportamento.
O estudo, conduzido por Maggie MacLure e Liz Jones, acompanhou crianças de 4 e 5 anos. Eles classificaram dois tipos de comportamentos que chamavam a atenção dos professores e colegas de classe: atitudes físicas – chutar e bater em colegas – e a falta de respeito com ordens impostas por adultos. Nem sempre, entretanto, eles eram repreendidos. Isso porque a reputação de algumas crianças era ligada à visão que os professores tinham de seus lares, entendendo que essas crianças tinham pais negligentes ou uma estrutura familiar ruim. Isso criava, nos professores, a ideia de que essas crianças eram simplesmente problemáticas, marcando-as como ‘diferentes’.
Uma vez formada sua reputação – sendo isso usado para interpretar qualquer ação ou comportamento da criança – esta era automaticamente aceita pelos colegas de classe ou mesmo pais, e se tornava ainda mais difícil para a criança ser reconhecida pelo bom comportamento ou ações positivas. “Uma vez que todos aceitavam essas reputações, tudo que as crianças faziam eram interpretado como traços característicos” diz MacLure.
Crianças precisam aprender a exteriorizar suas emoções de forma negociada e aceitar que algumas não são apropriadas para a sala de aula ou determinados locais. Ao serem simplesmente classificadas negativamente, algumas vezes as crianças eram “deduradas” por algo que não tinham feito e acabavam repreendidas pelo professor, o que as deixava confusas. “A pesquisa mostra que a ‘cultura da sala de aula’ pode gerar problemas de reputação para algumas crianças e que práticas disciplinares podem marginalizar uma minoria. E alguns problemas gerados dentro da escola são simplesmente considerados problemas familiares” finaliza Jones.
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com informações do Economic & Social Research Council
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