Nada de sexo no primeiro encontro? Viver separado até o casamento? Estudos recentes rompem com as regras do amor e sexo convencionais
Você sabia que o companheiro de uma noite pode virar parceiro de uma vida?
Vivemos em um mundo de constantes mudanças, mas, por alguma razão, muitos casais ainda seguem os conselhos amorosos tradicionais. Está na hora de mudar. "Seguir regras específicas pode reduzir a probabilidade de você prestar atenção na sua voz interior e nas suas experiências", diz Bethany Marshall, autora de Deal Breakers: When to Work on a Relationship and When to Walk Away (inédito no Brasil). Comece com estas instruções modernas:
Morar junto antes de casar é ruim para o relacionamento
De acordo com as mais recentes descobertas do National Center for Health Statistics, nos EUA, casais que moram juntos antes de trocar alianças têm as mesmas chances de um casamento feliz que os pares que não compartilharam um endereço antes de subir ao altar. "Os casais apenas precisam ser honestos sobre por que estão decidindo morar juntos", diz Bill Cloke, autor de Happy Together: Creating a Lifetime of Connection, Commitiment and Intimacy (inédito no Brasil). "É um teste de resistência para avaliar se o relacionamento está em boa forma, com a opção de abandoná-lo se não estiver? Essa é uma ideia falha do começo ao fim."
E nada de compartilhar o mesmo teto para economizar grana ou porque a pessoa com quem um de vocês dividia apartamento acaba de se mudar. O jeito adulto de brincar de casinha é: assuma antes um compromisso afetivo. Isso vai ajudar inclusive na hora de solucionar os pequenos e inevitáveis problemas do início da convivência. "De modo geral, as pessoas têm experiências diferentes sobre dividir um teto - um morou com a mãe, outro é acostumado a morar só, um nunca colaborou com serviços domésticos. E essas diferenças podem dificultar as coisas no começo", observa Mara Pusch, psicóloga, de São Paulo. E o que fazer quando estilos diferentes ameaçam se chocar sob o mesmo teto? "Basta ter paciência, além de muita disposição em aceitar o outro e em aprender com as diferenças."
Perguntar se ele quer ter filhos é uma péssima ideia
A namorada suspira para o namorado: ela sonha em ter filhos, um, dois, três ou mais. O rapaz engole seco e pensa: "Nossa, já está pensando em casar, e agora?!" O impacto desse tipo de conversa pode não ter mudado com o passar dos anos. Para alguns homens, ainda tem o poder de uma bomba de fragmentação. Mas nem por isso você deve se ater à velha regra que proíbe falar sobre filhos antes de o relacionamento ficar muito sério. "As pessoas precisam deixar claro quais seus projetos de vida, planos, sonhos, e isso também inclui o que elas pensam sobre ter ou não filhos", observa Mara. Mas, antes de tocar no assunto, avalie se é a hora certa. Devemos dizer algo quando nos sentirmos à vontade para fazê-lo, pois cada um tem um tempo próprio e devemos também respeitar o ritmo do outro. O único risco, para quem tem pressa, é tentar forçar uma intimidade que ainda não existe - aí, sim, o efeito pode ser danoso. "Outro erro é tentar controlar a situação, escondendo o que pensa e criando uma personagem, acreditando que, assim, você conquistará o outro." Se o momento chegar e a intimidade já existir, mas ainda faltar um gancho para puxar a conversa, apele para a curiosidade recorrendo às pesquisas nacionais.
Sexo sem compromisso não evolui para algo mais sério
O companheiro de uma noite pode virar parceiro de uma vida: um estudo recente da Universidade de Iowa, nos EUA, sugere que o sexo casual algumas vezes evolui para uma relação baseada em compromisso. "De acordo com nossa pesquisa, um percentual significativo de relacionamentos atuais começou com sexo não romântico", afirma Anthony Paik, professor assistente de sociologia e autor do estudo. O motivo? O sexo sem compromisso deixou de ser um tabu. "As pessoas hoje veem isso como um aspecto normal e previsível da vida e não deixam que contamine ou envenene o início de um relacionamento."
Como aumentar as chances de aquele seu rolo virar algo sério? Mude o ritmo. Por mais íntimo que tenha sido o primeiro encontro, resista à tentação de vê-lo todos os dias e evite passar a noite com ele toda vez que saírem juntos. É preciso dar tempo e oportunidade para a relação crescer e se aprofundar, segundo Beatriz Cardella, psicóloga e autora do livro Laços e Nós: Amor e Intimidade nas Relações Humanas (Ed. Agora). "E isso só poderá acontecer com a convivência e com o conhecimento mútuo", diz ela.
Para ser bom, o sexo precisa ser espontâneo
"Sexo espontâneo é um mito", afirma Laurie Mintz, autora de A Tired Woman's Guide to Passionate: Reclaim Your Desire and Reignite Your Relationship (inédito no Brasil). A maioria das noites ardentes que você passou sob os lençóis ao longo do seu relacionamento foi planejada, antecipada e orquestrada. Você e ele paqueraram durante um jantar romântico? Você vestiu aquela lingerie sexy certa manhã pensando em como seria a noite? Adivinhe! Você agendou o sexo. E, conforme o relacionamento vai se aprofundando, planejar se torna ainda mais essencial. "Quando os casais não têm mais a paixão orquestrada dos encontros, é importante parar de esperar que o sexo aconteça de repente", diz Laurie. "É preciso conscientemente buscar tempo para isso." A boa notícia é que a paixão agendada tem potencial para ser mais ardente do que a espontânea. Isso porque a antecipação e a preparação podem funcionar como uma preliminar que dura o dia inteiro, aumentando a tensão, que irá culminar quando vocês se encontrarem.
Nunca vá dormir com raiva
Uma crença comum é a de que se você não resolver um conflito na hora o problema irá continuar no dia seguinte. A verdade é que a maioria dos casais não entra em acordo quando está com raiva, por isso é mínima a chance de resolver uma disputa enquanto você ainda está lançando fogo pelas narinas. A solução: durma com o problema, mas comprometa-se a resolver as coisas sob a luz do dia."Quando você mantém a raiva por algum período antes de expressá-la, tem tempo de processar os sentimentos e ganha controle sobre eles", diz Bethany Marshall. Além disso, o cérebro precisa de descanso para poder consertar as coisas. A privação de sono prejudica o julgamento, diminui a concentração e reduz a habilidade de solucionar problemas, além de alterar o equilíbrio dos neurotransmissores responsáveis pelo humor. Por isso, segundo Laurie Mintz, as pessoas ficam com o pavio curto quando são privadas de sono. Lembre-se, porém, de segurar sua raiva com o intuito de digeri-la, e não para fugir dos problemas ou criar uma barreira no relacionamento.
com informações WOMEN'S HEALTH
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