Os opostos se atraem: Cláudia pega carona com André, será que vai acontecer algo entre os dois? Acompanhe o terceiro capítulo e descubra.(Capítulo 3)
'Logo decorei os dias e horários em que André aparecia. Apesar da ansiedade em revê-lo, eu sempre me fazia de distraída, como se nem me lembrasse dele. Até que, numa quarta-feira à noite, logo após do meu príncipe entrar, faltou energia elétrica no bairro e a academia ficou às escuras. Assim que as luzes de emergência acenderam, os alunos começaram a ir embora.
"Que susto!", brincou André, aproximando-se do meu balcão. "Cláudia, você tem medo de escuro?", perguntou, em tom de brincadeira. Sorri. À meia-luz, ele era ainda mais gato. Quase perdi as estribeiras e tasquei um beijo naquela boca carnuda!
Enquanto eu fechava as gavetas para ir embora, ele continuou ali, puxando papo. Duas moças saradas passaram e me olharam com desprezo. No mínimo, pensaram que a gordinha estava se jogando no bonitão. E quer saber? Estavam certíssimas!
"Vai ser dureza ir para casa nesta escuridão", murmurei Meu truque funcionou! "Você mora longe?", André perguntou. Apesar da cara de paisagem, por dentro eu urrava de alegria. "Uns dez quarteirões!", respondi, como se não sacasse a generosa intenção dele. Quandio terminei de arrumar minhas coisas ele tomou a atitude. "Quer carona? Tenho mesmo de passar para os lados da sua casa...", falou, meio tímido. "Ele não pode estar a fim da gorducha aqui. Será que é gay e me quer apenas como amiga?", pensei, pessimista.
Sem chegar à uma conclusão, entrei no carro importado de André. Ele pôs um CD para tocar. "Adoro Elton John...", suspirei, ao escutar os primeiros acordes da famosa balada. Ele deu um sorrisão lindo. Notei que dirigia bem devagar. Vez ou outra, me olhava, misterioso. "E se ele for um maníaco?", pensei, de repente.
"Chegamos...!", falou, parando diante do sobrado do meu pai. "Obrigado, André. Espero um dia poder retribuir a carona...", devolvi. Antes que eu terminasse de falar, ele me deu um beijo de língua. Daqueles de tirar o fôlego! "Você é muito gata!", murmurou, apalpando meu corpo roliço. Sem acreditar na cena, apenas sussurrei: "Mas eu sou gorda e você, todo sarado...". Ele se afastou e me encarou sério. "Cláudia, você é linda! Sou louco por mulheres como você!"'
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