Algumas vezes a raiva e a frustração são causadas por problemas em nossas vidas que não conseguimos resolver. A raiva, nesses casos, é uma reação natural. Existem pessoas que acham que todo problema tem solução. E talvez nem sempre seja o caso.
A melhor atitude em uma hora dessas não é focar somente em uma solução específica, mas também em como contornar o problema ou tentar resolver outros problemas correlacionados que ele causará no futuro. Imagine-se jogando uma partida de xadrez: em vez de proteger uma determinada peça indefinidamente, talvez seja melhor perdê-la e fazer jogadas com as que restam. Ou então começar uma nova partida.
Nessas horas, faça um plano de progresso da resolução do problema. Se você tem problemas em se organizar, adivinhe? Esse é o primeiro problema para se revolver. E se o problema que lhe causa a raiva não for resolvido, ótimo também. Não é preciso partir para o “tudo ou nada” sempre. Você tentou e aprendeu. Parabéns!
Lógica: o antídoto da raiva
A lógica é o melhor remédio para a raiva, pois esta, mesmo que “justificada”, se torna irracional rapidamente. O mundo não tem nada contra você. O universo não “conspira” contra você. As coisas que dão errado são apenas parte da vida. A outra parte, as coisas que dão certo. O dia começa com 50% de chance em cada uma dessas opções. E se você não vê o que deu certo, talvez seja o que as pessoas dizem: a raiva cega.
Pessoas com raiva também querem que as coisas aconteçam em função delas. Mas todo mundo quer isso e quando não acontece do modo que elas queriam, as pessoas ficam desapontadas. Mas as que sentem raiva não ficam apenas no desapontamento, elas têm de culpar alguém ou alguma coisa. A melhor coisa a fazer é não “querer” algo, mas transformar suas expectativas em “desejo”. Em outras palavras: “eu gostaria que as coisas acontecessem de tal forma” e não “eu quero de determinada maneira e somente assim”.
Com isso você pode deixar de sentir raiva e somente ter reações normais: frustração, desapontamento, ficar chateado, etc. Algumas pessoas sentem raiva porque não conseguem lidar com essas reações, mas reagir intempestivamente não vai fazer que esses sentimentos não ocorram jamais. E pior, eles podem se tornar mais constantes, pois as pessoas ao seu redor vão evitá-lo e as contribuições que poderiam ajudá-lo ou confortá-lo não serão feitas. Quanto mais sozinho, mais intensos esses sentimentos negativos.
Melhore sua comunicação
Pessoas com raiva costumam pular etapas. Elas já partem para as conclusões, antes que algo termine. Quando você está no meio de uma confusão, pare e pense: analise suas respostas à situação. Não fale a primeira coisa que lhe vem à cabeça. Escolha as palavras. E tão importante quanto: ouça as outras pessoas até o fim antes de responder.
Tente compreender o que há por trás da sua raiva ou então o que há por trás da raiva da outra pessoa que começou uma discussão. Talvez os problemas que você enfrenta não sejam assim tão absurdos e o que realmente está lhe fazendo entrar em ebulição são coisas de cunho pessoal.
Quando se é criticado, por exemplo, não tente lutar imediatamente. Ouça o que a pessoa está lhe dizendo e tente compreender as entrelinhas. Mas não parta imediatamente para uma resposta. Use a lógica (lembre-se).
Se a lógica não funcionar, tente usar o bom humor. O humor pode ajudar a pôr as coisas em uma perspectiva mais positiva. Além disso, ele dissipa as tensões ao seu redor e as pessoas podem ficar mais colaborativas. Séries de humor que passam na TV são uma ótima inspiração. Independentemente da sua área de atuação profissional, acredite, tem alguém fazendo piada com ela.
E se tudo mais falhar, talvez seja hora de procurar ajuda profissional. A irritação constante é um transtorno bastante conhecido: é o denominado Burnout
informações da American Psychological Association
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