Mães que têm filhos “preferidos”, aceitando ou pedindo favores para uma ou outra criança, no caso de irmãos, podem contribuir para o desenvolvimento de quadros depressivos futuros nesses indivíduos que se sentem rejeitados, diz um estudo da Universidade de Cornell, EUA.
O estudo, feito por Karl Pillemer com contribuição de Jill Suitor (da Universidade de Purdue), entrevistou 275 famílias (e mais de 670 irmãos) e é o primeiro a constatar como essa preferência pode ter consequências negativas em longo prazo, afetando a saúde mental e desencadeando problemas comportamentais em crianças, adolescentes e jovens adultos.
“Perceber o favoritismo da mãe por um irmão, por exemplo, é algo que impacta profundamente o bem-estar psicológico de um indivíduo, mesmo após sair de casa e constituir suas próprias famílias”, diz Pillemer. “E mesmo que você seja o preferido, a percepção de um tratamento desigual dentro de casa é algo que deixa marcas.”
“Nós temos normas rígidas em nossa sociedade que indicam que os pais devem dar tratamentos iguais aos filhos, então o favoritismo por um deles pode ser considerado a quebra de um tabu, mas não do ponto de vista positivo”, diz o pesquisador. “Se profissionais de saúde perceberem esse tipo de desvio da normalidade seria interessante ajudar a família a se proteger de possíveis conflitos e problemas futuros de saúde mental e física.”
Os resultados da pesquisa, diz Pillemer, podem ajudar os psicólogos a desenvolver métodos de intervenção mais adequados aos problemas encontrados nas famílias, nas crianças e possivelmente em adultos que passaram pela experiência, protegendo esses indivíduos de um possível desenvolvimento de transtornos depressivos.
informações da Cornell Univesity
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